segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bibliografia Musical

Seguidamente meus alunos de graduação me pedem dicas de livros que abordem música, comportamento, cibercultura e cultura pop. Ou seja, música versus comunicação. Como a dúvida é de muitos, montei uma pequena listinha (abaixo) para ajudar os estudantes desesperados. Incluí alguns comentários para descontrair. Bom proveito a todos.


BIBLIOGRAFIA: AUDIO VS CIBERCULTURA E MERCADO POP


* ASSEF, Claudia. Todo DJ já Sambou. São Paulo: Ed. Conrad, 2003.
[estava em sampa quando esse livro saiu e fui um dos primeiros a comprar. possui pecadinhos e uma miopia no mercado paulista - o sul existe, sabia? - mas assim mesmo é uma das poucas publicações nacionais que conheço que tratam do tema DJ, vale ler.]

* BEIGUELMAN, Giselle. Linke-se: arte, mídia, política, cibercultura. São Paulo: Ed. Peirópolis, 2005.
[comprei esse livro em minha última ida à sampa. bem interessante, boa leitura.]

DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. São Paulo, 2000, Contraponto.
[quem me mostrou esse livro foi o Juremir Machado. acho bacana e atual.]

DOMINGUES, Diana. Criação e Interatividade na Ciberarte. São Paulo: Ed. Experimento, 2002.
[sou suspeito para falar sobre a Diana, pois amo as coisas que ela diz e pensa. quem deseja entender o que diabos é ciberarte - e tem tudo haver com música - deve ler esse livro.]

_________________ (Org). A arte no século XXI – A humanização das tecnologias. São Paulo: Ed. Unesp, 1997.

_________________ (Org). Arte e vida no século XXI – Tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Ed. Unesp, 2003.
[acima mais dois livros organizados pela Diana; leitura interessante.]

FERLA, Marcelo. Música Eletrônica. São Paulo: Editora Abril, 2004.
[respeito é bom, todos merecem, mas vou ter que dizer: o Ferla escreve muita bobagem; esse livro não foge à regra; não é profundo, mas enfim, uma das poucas publicações nacionais que tratam de e-music de gueto.]

JOHNSON, Steven. Cultura da Interface. Como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar. RJ: Jorge Zahar, 2001.
[autor bacana, livro bacana, leitura bacana.]

LEMOS, André. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2004.
[junto com a Adriana Amaral e a Lúcia Santaella, André Lemos é meu xodó. nunca li nada que ele tivesse escrito que não fosse genial e brilhante. esse livro é leitura obrigatória para qualquer pessoa que trabalhe com comunicação social. leia já!]

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

___________. As tecnologias da inteligência. São Paulo: editora 34,
1993.

___________. Cibercultura. São Paulo: ed. 34, 1999.
[podem acusar o Lévy de ser deslumbrado e ingênuo, mas seus livros são maravilhosos e rendem um caldo excelente. recomendo todos os acima.]

MARTIN, George (org.). Fazendo música: o guia para compor, tocar e gravar. Brasília: Editora UNB, 2002.
[o que vou dizer do cara que é meu ídolo dentre os produtores? ora bolas, vá ler, né?]

MOULIN, Raymond. O Mercado da Arte. Porto Alegre: Ed. Zouk, 2007.
[achei esse livro escondido num cantinho e me apaixonei à primeira vista. aliás, a Zouk tem excelentes livros - embora em questão de políticas de divulgação para professores universitários sua nota seja ZERO. mas o livro é excelente, vale muiiiito a pena.]

PALUDO, Ticiano. O Som e o Sentido – Sound Design na Era Contemporânea (ensaio). Porto Alegre, 2007.
[este texto bacana será publicado aqui no blog para download em breve. fiz um mix utilizando conceitos meus e cruzando isso com o livro do Wisnik - ver no final dessa lista. aguardem...]

RÜDIGER, Francisco. Cibercultura e pós-humanismo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
[embora discorde radicalmente de muita coisa que ele diz e pensa, com certeza o prof. Rüdiger é um dos caras mais fantasticos que já conheci. este livro não é leitura fácil, mas faz um apanhado do pensamento tecnológico, da cibercultura e do pós-humano de forma articulada e com excelentes aplicações práticas envolvendo o campo das artes - no caso da música, ele analisa o Kraftwerk.]

SANTAELLA, Lúcia. Cultura e artes do pós-humano. São Paulo: Ed. Paulus, 2004.

______________. Matrizes da Linguagem e Pensamento: sonora visual verbal. São Paulo: Iluminuras, 2005.

______________. Linguagens Liquidas na Era da Mobilidade. São Paulo: Ed. Paulus, 2007.
[eu simplesmente amo a Santaella. seu texto é fluído, organizado, coerente e base totalmente solida para um trabalho acadêmico-científico. seja na área da semiótica ou da cibercultura, Santaella mata a cobra, mostra o pau e ainda faz sapato com o couro da cobra. leia sem medo de ser feliz. aliás, o Matrizes é excelente para quem deseja trabalhar com música e comunicação.]

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª ed.,1999.
[esse livro é referência obrigatória, figurinha carimbada para quem quer estudar música e comunicação. enquanto não publico o meu livro, me parece que este é um dos melhores que existem no mercado. simplesmente divino, maravilhoso.]

WOLTON, Dominique. Internet, e Depois? Porto Alegre: Sulina, 2003.
[tive a grata oportunidade de conhecer pessoalmente o Wolton. figura ímpar, queridíssimo. ok, ele é o oposto polar do Lévy. fazendo um mix entre os dois, chegamos num equilíbrio satisfatório. portanto, se for ler o Lévy, não deixe de ler, também, o Wolton.]

Na sequência, darei mais dicas de bibliografia musical. Até breve.

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